A retomada dos setores econômicos em Minas Gerais vem apresentando melhorias nos últimos meses, sendo que o varejo e a indústria já recuperaram o nível pré-pandemia no 3º trimestre, o que é resultado da redução das medidas de isolamento social, favorecendo o aumento do consumo da população. Estes são algumas das conclusões divulgadas pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), no último dia 15.
Ainda segundo a entidade, apesar do cenário positivo, o setor de serviços ainda apresenta uma retomada mais lenta. Entre outros dados divulgados pela entidade está a confirmação de que o mercado formal de trabalho no estado foi fortemente prejudicado, mas com a criação das Medidas Provisórias 927 e 936, houve a preservação de mais de 300 mil empregos e Minas fecha o 3º trimestre com um saldo positivo de 5,3 mil postos de trabalho neste ano. Por fim, após meses de impactos na indústria, a retomada da demanda proporcionou que o setor produtivo tivesse, especialmente em Minas Gerais, uma rápida melhora. É importante lembrar que no estado a indústria foi rapidamente considerada atividade essencial.
Em relação ao próximo ano, foi destacada a importância de acompanhar a degradação do quadro fiscal e as incertezas sobre o comprometimento com a austeridade fiscal após o fim da pandemia. Como o setor público registrou até outubro um déficit primário de R$ 633 bilhões, que representa 9,1% do PIB, serão necessárias reformas econômicas que possam reduzir as despesas obrigatórias e o aumento da eficiência das despesas públicas, segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe Nogueira. A previsão dele é que 2021 será um ano de crescimento, mas com dezenas de lições aprendidas e expectativa de alta de 6% no PIB da indústria em Minas Gerais.
O presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, também acredita que 2021 será um ano de recuperação, e destaca que todos precisam fazer sua parte. “Passamos por um ano de grandes desafios e turbulências, mas estamos fechando este período com a expectativa e determinação de fazer um 2021 melhor. Para isso será fundamental que todos façam a sua parte, com os Governos e o Legislativo dando sequência às reformas necessárias e, junto com a cadeia produtiva, atuando para a retomada do crescimento econômico. Não temos dúvida de que será um ano promissor e que vamos trabalhar muito para ampliar a geração de emprego e renda, que movimentam a economia e possibilitam melhores condições para toda a sociedade”, concluiu.
