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Desafios da longevidade encantam associados em palestra na Aciub

‘Desafios Comportamentais, Econômicos e Sociais da Longevidade’. Este foi o tema que encantou centenas de associados que participaram de palestra com o presidente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Nilton Molina, na noite desta segunda-feira (02/09) na Aciub. O evento, gratuito, foi uma promoção conjunta com a Aciub e contou com apoio do Sindicato dos Corretores de Seguros de Minas Gerais (Sincor-MG) e da Associação dos Corretores de Seguros (Ascorseg).

Na abertura do evento, o presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, destacou a importância do encontro e da presença de centenas de pessoas interessadas em entender melhor cenários e contextos sobre a longevidade e seu impacto na vida e nos negócios.

Nilton Molina iniciou dizendo que o mundo está mudando e sua proposta era de promover uma discussão sobre os impactos sociais, econômicos e comportamentais do processo de envelhecimento da população brasileira. Ele destacou os principais projetos do Instituto, como o Sistema Único de Previdência Social para todos os brasileiros, o Regime Especial de Trabalho do Aposentado – Reta e o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade – IDL.

Sobre as grandes questões a serem enfrentadas em um cenário de brasileiros longevos, foram destacadas a saúde, previdência e trabalho. Dentre indicadores apresentados, Nilton Molina lembrou que o Brasil vem atravessando mudanças na sua estrutura demográfica e nos próximos 40 anos deixará de ser um país jovem. Um dos fatores dessa mudança é a taxa de fecundidade em números de filhos por mulher, que era de 4,1 em 1980, caiu para 1,7 em 2015 e tem projeção para 1,5 em 2034. Outro dado é a expectativa de vida, que em 1980 era de 62,6 anos, em 2015 estava em 75,4 anos, e a projeção é que, em 2042, chegue a 80,7 anos de esperança de vida ao nascer.

Segundo o IBGE, a população com 60 anos ou mais era de 16,1 milhões de pessoas  2015, enquanto para 2020 a expectativa é de 20 milhões com crescimento contínuo, chegando à 58,4 em 2060. O estudo aponta que, enquanto a população com mais de 60 anos tende a crescer 262,7% entre 2015 e 2060, as demais faixas passarão por redução: a de 0 a 14 anos terá queda de 40,3%, enquanto a de 15 a 64 anos cairá em 6,7%.

Além destes cenários, o comportamento da sociedade com os longevos também foi destacado, ressaltando que os recentes avanços da medicina trouxeram uma melhora na qualidade e na expectativa de vida e, consequentemente, um prolongamento da vida produtiva dos idosos. O palestrante chamou atenção para o fato de que hoje a imagem de uma pessoa que já passou dos 60 anos não condiz com o que era no passado, e que há uma dissonância entre como se veem e como acham que são vistos.

Para finalizar, Nilton Molina apontou que a grande questão que emerge desses cenários é o financiamento dos idosos que não conseguem produzir renda suficiente para o seu sustento, o que é responsabilidade do Estado, da família e do próprio indivíduo. “É necessária a conjugação de todos os esforços, sendo o principal a poupança construída ao longo da vida produtiva de cada um!”, finalizou Molina.

Este evento contou com o apoio do Programa AL-Invest 5.0 – que é um dos programas regionais de cooperação econômica mais importantes da Comissão Europeia, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial (FADE).

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