Um dos primeiros passos será facilitar a conexão entre indústria e pesquisadores
Deu match tecnológico na FAU, e agora?
Este foi o tema do encontro que aconteceu no final da tarde do dia (07) no auditório da Fundação de Apoio Universitário (FAU).
Foi um evento onde houve troca de experiências, de ideias de como fazer inovação aberta, discussões sobre linhas de fomento a fundo perdido e contribuições para novas atividades em 2024.
O encontro foi uma realização dos agentes do ecossistema de inovação tecnológica das Instituições de Ciência Tecnologia e Inovação de Uberlândia. Eles conseguiram reunir para um bate papo empresários, professores, cientistas, representantes do UberHub e a comunidade em geral pra falarem de inovação aberta. “Todos nós queremos a mesma coisa, o crescimento de nosso país, mas andamos separados”, disse Paulo Romes, ex-presidente da Aciub e diretor presidente da Junco Indústria e Comercio Ltda.
A reunião teve a característica de uma roda de conversa para tentar quebrar protocolos e estimular pesquisadores e empresários a desabafarem e se descobrirem para fecharem parcerias de inovação tecnológica aberta no município de Uberlândia. “Nós vimos que pouco conseguimos nos comunicar com a sociedade, temos muito a oferecer e precisamos criar canais direto com os empresários, para somar ao desenvolvimento tecnológico, podemos criar novos mecanismos para isso acontecer de forma mais direta e ágil, como um sumário de tecnologias”, disse Alexandre Marletta, pesquisador do laboratório de física da UFU.
Antes de abrir a palavra para a sociedade foi apresentado o balanço das atividades desenvolvidas este ano, em Uberlândia, das vertentes do ecossistema entre elas a das ICTIs. “Se considerarmos que 85% das atividades programadas foram realizadas e somos um grupo de voluntários o nosso balanço foi muito bom. Eu acho que esse tipo de evento mostra que as lideranças estão disponíveis e interessadas em realmente traçar projetos em parceria completa a agente de inovação karyne.
O encontro encerrou com um desafio lançado pelo diretor da FAU, que estendeu o apoio ao movimento, somando forças à ACIUB para facilitar a conexão e a divulgação das necessidades dos empresários de inovação tecnológica aberta e dos pesquisadores em ter campo para desenvolverem projetos em parceria. “Temos que apoiar esses atores, estamos aqui para isso e estimular essa conexão faz parte de nossas ações. Pro ano que vem já estamos preparando a produção de nosso PodCast exatamente com esse foco e abrimos possibilidades de trabalhar juntamente com a ACIUB”, disse Rafael Visibelli, diretor da FAU.
Do outro lado, o diretor do Aciub Inovação, Bruno Gregório, já indicou as próximas ações; alinhar a parceria para gerar conteúdo e estimular a comunicação entre ICTIs e sociedade, e ainda criar agenda de visitas aos laboratórios que oferecem inovação tecnológica em Uberlândia. “Nós queremos encher auditórios seja aqui, na ACIUB ou nas ICTIs para discutirmos mais e estabelecermos conexão para um ecossistema de inovação aberta cada vez mais forte, completa o Bruno Gregório.
De acordo com Karyne Juste, agente local de inovação do ecossistema, o objetivo é colaborar para propor uma forma de governança, ainda mais estruturada, para o ecossistema onde as principais lideranças juntas possam definir os projetos e objetivos para evolução de um ecossistema maduro por meio de definições de estratégias e de indicadores. “Então, acho que para 2024 dá para a gente dar um passo bem grande em relação à governança, a gente pode conectar esses atores e pensar em projetos maiores. As faculdades particulares podem ser parceiras tanto de PD&I como também podem prestar serviços para empresas, como por exemplo, de consultorias, treinamentos e programas com startups então, podemos considerar tudo isso para nossa agenda do próximo ano”, disse Karyne Justes.
“Esse movimento tem que continuar, tem que crescer, porque foi um marco no relacionamento das universidades com as empresas”, completa o diretor da FAU.
Créditos: FAU