Na última segunda-feira (17/04), a diretoria da Aciub recebeu os especialistas Bruno Nunes de Paula e Marco Aurélio Biasi, da Ghia Investimentos, para falar sobre o novo arcabouço fiscal, que foi anunciado pelo Governo Federal no final de março deste ano, e enviado ao Congresso Nacional na tarde de ontem (18/04). O encontro aconteceu durante a reunião semanal dos diretores, e foi presidido pela vice-presidente da Aciub, Tomaídes Rosa.
O novo regime fiscal está sendo proposto para substituir a Emenda Constitucional nº 95, conhecida como “Teto de Gastos”, aprovada no fim de 2016. A nova proposta do Governo segue um modelo baseado na arrecadação, permitindo que até 70% do aumento no dinheiro arrecadado pelo Estado seja destinado às despesas públicas.
Na reunião da Aciub, Marco Aurélio Biasi, Sócio na Ghia, agradeceu a oportunidade e compartilhou um pouco da história da Ghia Investimentos. “Nós somos do Grupo Ghia, a gente tem alguns braços diferentes. Viemos hoje aqui em nome da nossa gestora, estamos em torno de 15 anos no mercado. E dentro desse braço de gestora a gente se divide em duas operações, uma de multi-family office, que ajuda famílias a gerir patrimônio; e um braço de gestora, que estrutura produtos para atender demandas dessas famílias e também demandas de mercados”.
Sobre o novo arcabouço fiscal, Bruno Nunes, que é sócio-diretor da Ghia Investimentos, destacou que a tranquilidade com que o mercado recebeu a notícia se deve ao fato de a proposta do novo arcabouço fiscal controlar a possibilidade de aumento da dívida pública, impedindo que as contas públicas se desequilibrem além de um limite aceitável. O convidado também comparou o endividamento público do Brasil com o de outros países similares, e garantiu que a situação brasileira, embora não seja ideal, está dentro da média.
Durante sua apresentação, Bruno também discutiu com os diretores presentes dados como a evolução no PIB, a taxa de consumo, os níveis de importação e exportação, a variação da inflação brasileira e global, e a taxa de câmbio para contextualizar a situação econômica e política na qual a proposta do novo arcabouço fiscal se encaixa.
“O Real mostra um ganho, a gente está com uma apreciação na taxa dos 4%. A nossa moeda está tendo uma certa relevância. A gente poderia falar que seria simplesmente commodities, alguma coisa nesse sentido, mas no final das contas não. A gente percebe que o mercado gostou do arcabouço fiscal, gostou da sinalização. Ele achou incrível? Nem um pouco. Mas se esperava coisa muito pior”, afirmou Bruno sobre a taxa de câmbio e sua relação com a nova proposta fiscal.
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