Em 2019, a LD Celulose, uma joint venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Duratex anunciou a construção de uma unidade na região do Triângulo Mineiro, entre os municípios de Indianópolis e Araguari. Um investimento de R$5 bilhões de reais que já movimenta a economia do estado, gerando novos empregos e renda. O empreendimento está em reta final de construção, e em março de 2022, terá capacidade para produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano. Em julho de 2021, o presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, junto com outros empresários e autoridades de Uberlândia, visitaram as obras da LD Celulose, e na última segunda (19/07), na tradicional reunião semanal na Associação, o presidente e diretores receberam o diretor-presidente da empresa, Luis Kunzel, para entender mais sobre os próximos passos do empreendimento.
Com o início da operação, a fábrica deve gerar cerca de 1.100 empregos diretos, sendo que no pico das obras a previsão é de 8 mil vagas. Kunzel iniciou o bate-papo reforçando que o projeto, desde o início, já atende todos os requisitos nacionais e internacionais relacionados aos cuidados com o meio-ambiente e efluentes. Um exemplo desse compromisso é o próprio produto gerado pelo empreendimento. “A celulose solúvel é o que iremos produzir,mas também uma quantidade muito relevante de energia elétrica. Porque de 35% a 40% do peso de uma madeira vai efetivamente produzir a fibra de celulose, o restante ou é resíduo de matéria orgânica, ou da própria celulose. Então será muito combustível para se queimar em caldeiras, que gerará muito vapor e energia elétrica”, explica Kunzel.
A vinda da iniciativa para a região traz inovação em sistemas e processos de trabalho da indústria. Na fábrica do Triângulo Mineiro, o diretor-presidente explica que a operação comandará a plantação das florestas, colheita do cavaco e manipulação do mesmo para que seja extraída a celulose solúvel. Já a Lezing é a responsável por produzir a fibra da celulose, que então poderá ser transformada em tecidos ou não-tecidos como lenços umedecidos, máscaras faciais e mais.
Os ganhos para a região, além da geração de empregos, também envolvem os gastos para manter o funcionamento da fábrica. Até o momento, já foram gastos cerca de R$190 milhões em Uberlândia e R$122 milhões em Araguari. “Temos previsões de que durante a normalidade das operações, iremos estar movimentando algo como R$46 milhões por ano com serviços, R$12 milhões no ano com materiais e R$10 milhões com insumos”, detalha Luiz Kunzel.
Um dos pontos de destaque do bate-papo foram as ações adotadas pela fábrica como prevenção à Covid-19. O diretor-presidente da empresa apresentou alguns pontos durante a reunião. “Adaptamos totalmente os nossos restaurantes e locais de refeição, e em parceria com a Indmed montamos dois ambulatórios, um em Araguari e outro em Uberlândia, para evitar que colaboradores com suspeita de Covid fosse até a obra e contaminasse outros”, pontuou.
Finalizando o encontro virtual, o presidente da Aciub destacou o impacto dos números apresentados para a sociedade da região. “Esse investimento traz a capacidade de mudarmos a vida de pessoas por muito tempo. Estou falando de um investimento que foi feito e que entrega à comunidade emprego, renda, consumo, e fazendo a economia movimentar. Isso traz dignidade”, finalizou Paulo Romes Junqueira.