A sigla ESG, que vem do inglês ‘Environmental, Social and Governance’, pode ser traduzida como sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, e representa conceitos importantes ao cumprimento das metas para o desenvolvimento sustentável propostas pela ONU. Apesar disso, o ESG ainda enfrenta desafios para ser aplicado e desperta dúvidas.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 95% das organizações brasileiras já consideram a ESG como uma prioridade da sociedade. Apesar disso, os resultados dessa pesquisa também revelaram que 72% das pessoas em posições de liderança nessas empresas ainda não se sentem familiarizados com as práticas de ESG.
Além de o tema não ser muito familiar às lideranças empresariais, as práticas de ESG têm de ser constantemente monitoradas para garantir sua implementação correta, o que representa um desafio para muitas empresas; elas também carecem de recursos e investimentos para serem realizadas, um problema que afeta a capacidade de implementação dessas práticas, já que a governança ainda não encontra grande espaço nas reservas de orçamento.
Para funcionar, o ESG também não pode ser uma preocupação exclusiva dos altos cargos. As práticas estruturantes precisam ser parte da cultura empresarial, sendo essencial que todo o corpo de colaboradores compreenda quais são as vantagens e como adotá-las, já que muitas metas só serão alcançadas com um comportamento conjunto e uma mudança de mentalidade coletiva, como é o caso das metas ambientais.
Essas dificuldades fazem com que as práticas de ESG necessitem de uma estrutura organizacional sólida para que consigam prosperar dentro do ambiente empresarial. Por isso, mais de dois terços das empresas que conseguiram implantar práticas de governança corporativa são de porte médio ou grande, e têm pelo menos 10 anos de atuação no mercado.
Mesmo assim, a tendência do ESG vem crescendo a cada ano, e a maioria das lideranças do meio empresarial consideram que as práticas de ESG podem fazer com que objetivos importantes sejam alcançados, através da governança corporativa, pelo aspecto social ou pelas preocupações ambientais. Além disso, as práticas de ESG podem melhorar a reputação de sua empresa no mercado, já que elas fazem parte dessa demanda social crescente por responsabilidade sócio-ambiental.
O desafio é tornar mais acessível para que qualquer empresa consiga aplicar no dia a dia as bases de princípios que englobam a governança sustentável. Por isso, os pequenos negócios que também querem cultivar uma cultura empresarial baseada nas práticas do ESG têm de ficar atentos a algumas ações simples que podem ser adotadas sem grandes custos e que colocam sua empresa no caminho certo:
- Invista na diversidade: Não só pela responsabilidade social deve-se investir em ter uma empresa mais humanamente diversa, mas também por uma questão estratégica. Está mais do que comprovado que corporações diversas e plurais são mais lucrativas, inovadoras e tem um clima organizacional mais saudável.
- Eduque-se em ESG: O ESG ainda é novidade para muitos, por isso devemos entender do que se trata, e fazer com que os colaboradores também entendam. Para isso, é interessante ter o ESG como pauta dos treinamentos recorrentes e assuntos a serem sempre tratados.
- Aplique ações básicas de sustentabilidade: Pode parecer que não, mas ações como separar o lixo para a coleta seletiva, ou reutilizar a água para mais de um processo podem fazer a diferença e ajudar a empresa a economizar na conta ou até a aplicar um processo de logística reversa. Além disso, o investimento necessário para começar a aplicar essas ações é baixo.
Apesar de o ESG ainda estar ganhando espaço no âmbito administrativo das empresas, muitos já perceberam que é uma tendência que veio para ficar. Por isso, investir em adequações agora coloca sua empresa um passo à frente em algo que no futuro certamente será uma exigência para todos. E aí, que tal sair na frente!?
Esta publicação foi realizada com o apoio financeiro da União Europeia, através da sequa. Seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva da Aciub e não reflete necessariamente as opiniões da União Europeia, da sequa ou do consórcio responsável pela execução do programa AL-INVEST Verde.