Na última semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma pesquisa em parceria com o Instituto FSB, que aponta que a maioria das indústrias de pequeno porte (55%) buscarão investir mais nos próximos dois anos na implementação de ações sustentáveis. O objetivo é realizar uma transição para a economia de baixo carbono. Para outras indústrias (37%), os recursos devem ficar no mesmo patamar dos atuais e apenas 4% das entrevistadas afirmaram que esse investimento deve ser reduzido.
O estudo ainda avaliou, que apesar da pandemia e crise econômica, as indústrias de pequeno porte aumentaram o investimento nesse tipo de ação. Algumas ações já foram adotadas: para evitar o desperdício de energia e de água, cerca de 90% dos entrevistados já adotaram novas iniciativas, para ter uma melhor gestão de resíduos sólidos, 85% dos negócios já possuem projetos voltados à isso.
O tema sustentabilidade é visto como uma oportunidade para muitos empresários, e três em cada quatro (76%) executivos afirmam que o setor industrial, considerando o atual ambiente de negócios no Brasil , enxergam caminhos inovadores na área.
De acordo com a CNI, os resultados gerais da pesquisa mostram que as indústrias de pequeno porte estão atentas à importância da implementação de ações que foquem em cuidados sustentáveis. Este novo olhar está alinhado à estratégia que foi levada pela entidade para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), a cúpula que reuniu no início do mês, os principais líderes mundiais para negociar medidas de preservação das florestas, emissões de carbono e redução do desmatamento.
A pesquisa da CNI também investigou os principais motivos que levam as indústrias de pequeno porte a investir em sustentabilidade, confira os resultados:
- Reputação junto à sociedade e aos consumidores (40%);
- Atendimento às exigências regulatórias (40%);
- Redução de custos (36%);
- Aumento da competitividade (34%)
Outra questão analisada foram os entraves para não se investir na área. De acordo com a CNI, apesar dos indicadores positivos, 79% dos entrevistados admitem que estão pouco ou nada familiarizados com a sigla ESG (do inglês environmental, social and governance). Confira os principais obstáculos apontados pelos entrevistados:
- Falta de cultura voltada para o tema (46%);
- Falta de incentivos do governo (45%)