O Instituto Unidos Brasil – do qual a Aciub faz parte – realizou na manhã desta terça-feira (12/04), o seminário “Desafios do Ano”. Senadores, deputados, representantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, empresários e imprensa estavam presentes no evento, assim como o presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, os vice-presidentes Sérgio Tannús e Humberto Carneiro, e os ex-presidentes Rosalina Vilela e Rogério Nery. Além disso, o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Thiago Silveira, também integrou o grupo.
O seminário, que também contou com a presença do ex-ministro da Justiça e do STF, Nelson Jobim, colocou em pauta os desafios da indústria, mercado, economia e empresários para o ano de 2022. Temas relacionados ao desenvolvimento econômico como geração de emprego, ambiente de negócios, reforma do Estado, segurança jurídica e simplificação tributária também foram discutidos durante o encontro. O presidente da Aciub, Paulo Romes, reforçou a importância de iniciativas como as do Instituto Unidos Brasil para o setor empresarial. “Por meio da geração de emprego e renda que iremos seguir avançando. Este ano teremos eleições gerais e é papel do Instituto Unidos Brasil manter vivos no Congresso Nacional os temas relacionados ao desenvolvimento econômico”, destacou Romes.
O presidente do Instituto, Nabil Sahyoun, realizou a abertura do seminário agradecendo a presença de todos, e reforçando o papel da organização em aproximar sociedade civil e os poderes da república.
O primeiro debate do seminário colocou em pauta a geração de emprego no país, e contou com a participação de Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal, e Bruno Dalcolmo, secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência. Marcos Cintra destacou um dos principais entraves na geração de emprego no Brasil. “A questão do emprego mexe em toda a sociedade, porque advém não apenas de uma situação conjuntural, mas também estruturais. Nós vivemos hoje um mundo digital, não analógico, e a relação de trabalho está mudando no mundo inteiro e isso cria problemas de adaptação sérios, inclusive em relação à capacitação. O treinamento da mão de obra é fundamental para que a nossa força de trabalho se ajuste às novas circunstâncias de produção, mas não é o principal. A capacidade do brasileiro de se ajustar às novas tecnologias é muito grande, mas agora nós temos um elemento que realmente trava a geração de emprego: o custo da mão de obra. Então se temos um custo elevado e uma produtividade baixa, o país perde competitividade”, pontuou ele.
A desoneração da folha de pagamento também foi um assunto debatido no painel, e Bruno Dalcolmo reforçou o impacto desse tema. “Acho que o primeiro ganho deste evento, e algo para ser expandido para a sociedade como um todo, é a importância da inclusão da desoneração folha de pagamento na agenda de prioridades tanto do executivo quanto do legislativo”, pontuou.
Os participantes também contaram com o painel “Segurança Jurídica”, comandado pelo ex-ministro da Justiça e do STF, Nelson Jobim, e pelo fundador da Braspress, Urubatan Helou. Jobim reforçou as disfuncionalidades que existem atualmente nos três poderes e como isso afeta a questão jurídica. “Essa está em decorrência de uma falta no Congresso de uma coesão maior para a produção de regras”, explicou ele.
Por fim, o último painel do dia abordou a simplificação tributária, com a participação do empresário e presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes, Flávio Gurgel, e do presidente da Sovos, Paulo Zirnberger. Sobre as possíveis mudanças em relação aos impostos municipais, estaduais e federais, Gurgel pontuou que é preciso pensar de forma inovadora. “Não adianta pensar dentro da caixa, e em soluções convencionais, pois o que estamos vendo é o naufrágio das práticas tributárias convencionais, principalmente quando surgem diante de nós uma nova economia e tecnologias. Os impostos tradicionais foram desenvolvidos em outra realidade”, pontuou ele.
Saiba mais sobre o Instituto Unidos Brasil
O Instituto Unidos Brasil, é uma entidade sem fins lucrativos e sem vinculação político-partidária e tem como propósito defender a economia do Brasil, gerar empregos, fomentar o empreendedorismo e valorizar o papel de empreendedores, empresários, colaboradores e a sociedade produtiva. O Instituto trabalha de forma independente promovendo um esforço, em conjunto, de entidades representativas, empresas multissetoriais, empreendedores e executivos com o objetivo de valorizar a atividade econômica, o emprego e o desenvolvimento do mercado. Além disso, também estabelece a Frente Parlamentar do Empreendedorismo em Brasília para acelerar a aprovação das reformas estruturantes.