Parlamentares e diversas entidades uniram-se, nesta terça-feira (9), em reunião-almoço promovida pelo Instituto Unidos Brasil (IUB), do qual a Aciub faz parte, em apoio a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), para debater questões do novo arcabouço fiscal e da desoneração da folha.
Ambos os assuntos têm se destacado dentro do Congresso Nacional. O relator da proposta do arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP/BA), aposta em um impacto positivo na economia.
“É o projeto mais importante do país, vamos trazer equilíbrio das contas públicas, com novo marco fiscal. Votando tudo isso de modo correto teremos números elevados. A política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam e teremos um ótimo crescimento econômico, com responsabilidade social”, disse Cajado.
A deputada Adriana Ventura (NOVO/SP) mostrou receios com o projeto. “O arcabouço fiscal traz, para mim, algumas preocupações, então a grande questão é achar um grande objetivo de corte de despesa, porque é algo que não especifica, além de tirar a responsabilidade de gestor. Precisamos saber o que vamos fazer com as despesas”, comentou.
De acordo com o relator, o texto está encaminhado e deve ser apresentado até quinta-feira (11).
Desoneração da folha
O defensor da medida da desoneração da folha, senador Efraim Filho (União Brasil/PB), coloca como o grande objetivo o empreendedorismo. “A desoneração da folha não significa renúncia de receita. É preciso ter visão empreendedora. O maior desafio é empregar mais. O diálogo tem que fluir”, pontuou.
O vice-presidente da FPE, deputado federal Joaquim Passarinho (PL/PA), abordou as conversas realizadas em cima do tema. “Tenho conversado muito sobre desoneração da folha dentro do Congresso. Precisamos trabalhar de modo a ampliar a desoneração e vamos juntos aos empresários. O melhor investimento é em emprego e renda”, explicou.
Apoio dos parlamentares
O deputado Zé Neto (PT/BA), secretário da FPE, entende que o arcabouço fiscal é um “tema fundamental para o Brasil, até mais importante que a reforma tributária”, com foco em encontrar um caminho que dê ao comércio uma garantia de sobrevivência e recomposição da faixa fiscal.
Para Sidney Leite (PSD/AM), coordenador político da FPE na Câmara, “tivemos avanços com a questão fiscal do país e quando se quer, se busca alternativas. Temos um desafio posto para nós e temos muito a avançar, com a qualidade de gasto. A expectativa é aumentar o emprego e a renda.”
O deputado Jorge Goetten (PL/SC) apontou o teto de gastos como algo inadequado. “O teto de gasto é ultrapassado e inaplicável, então vamos buscar soluções, com a taxa de juros mantida. O marco fiscal é uma urgência sem tamanho”, expressou.
O presidente da FPE, deputado federal Marco Bertaiolli (PSD/SP) reforçou o objetivo dos encontros da Frente. De acordo com o parlamentar, a casa serve para “promover o debate” com o apoio do Instituto Unidos Brasil (IUB).