Tendo o Plano Safra como tema central, e o anúncio de que o agronegócio receberá algo em torno de R$ 500 bilhões, do Governo Federal, aconteceu na última sexta-feira (14/07) a reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, foi um dos convidados do encontro conduzido pelo presidente do Cosag, Jacyr Costa, e com a participação do vice-presidente da Aciub, Sérgio Henrique Feres Tannús, que representa a entidade neste Conselho. Também participaram do encontro a presidente da Embrapa, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, que é a primeira mulher a assumir este cargo, os ex-ministros da agricultura, Roberto Rodrigues e Blairo Maggi, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, membros da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e outros representantes do setor.
O vice-presidente da Aciub, Sérgio Tannús, destacou a importância deste encontro. “Foi uma reunião com grandes líderes e nomes de destaque no agronegócio, com a presença do ministro, ex-ministros, e demais autoridades no assunto. Destaco ainda a presença da presidente da Embrapa, mostrando a força das mulheres, que inclusive já ocupam 25% das posições do Cosag. Tivemos a oportunidade de atualizar as informações do setor e entender um pouco mais sobre os investimentos do governo e o Plano Safra”, destacou Tannús
O ministro Carlos Fávaro chamou atenção ao fato de que o setor receberia inicialmente R$ 441 bilhões e o montante se eleva agora para algo em torno de R$ 500 bilhões. Ele também destacou que o Plano Safra cumpre essa finalidade, dirimir incertezas quanto à falta de recurso, ressaltando que em um período de preços ‘achatados’ para o milho e a soja, a falta de armazenagem foi um fator ‘gritante’ para os produtores, mas os incrementos para o segmento foram oferecidos.
A crise aviária também foi tratada, com destaque ao fato de que atualmente, o Brasil é um dos quatro países que ainda não apresenta este problema. O país detém 35% da comercialização mundial de carne de frango e segundo Fávaro, a alta demanda pelo produto brasileiro no mercado global pode ser atribuída aos cuidados sanitários dos produtores e à transparência do país em situações de crise. Por isso, ele mencionou a importância da integração do Ministério com o IBAMA e com a pasta da Saúde para dar continuidade a esses resultados.
Uma novidade levada pelo ministro, e que será anunciada na próxima segunda-feira (17/7), é que o Brasil contará com a abertura de um 25º mercado para a agropecuária. No acordo estipulado, há uma norma que, se ocorrer algum episódio de gripe aviária, a exportação não precisará ser paralisada em todo o país, apenas na região afetada.
Outros pontos abordados por Fávaro foram a participação da agricultura no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela primeira vez na história, a importância do seguro agrícola e o retorno da taxa de importação da borracha e do etanol para valorização dos produtores nacionais.
O ministro finalizou sua fala destacando seu propósito para o futuro. Segundo ele, um dos seus desafios é ser conhecido “como ministro contemporâneo, que pensou à frente do tempo, trazendo a sustentabilidade como um ativo e modernizando as linhas de crédito”.
Durante o encontro também foi realizada uma homenagem ao ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, que morreu no último mês, sendo uma referência nacional e internacional, considerado líder da revolução agrícola tropical sustentável, que transformou o Brasil em potência agroalimentar.
Este texto foi produzido com referência aos conteúdo divulgado pela Assessoria de Comunicação da Fiesp.
