O vice-presidente da Aciub, Sérgio Tannus, representou a entidade em um encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (11/6) na Fiesp, que contou com a participação de presidentes de sindicatos, diretores de entidades e empresários de diversos setores. O Presidente foi acompanhado pelo ministro da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva, e o ministro da Fazenda, Paulo Guedes.
No encontro o Presidente da República falou de vários temas relacionados às ações do governo e deixou claro que a reforma da previdência é principal ponto de convergência entre ele e a indústria. “Tudo virá após essa nossa reforma [da Previdência], que é um sinal que estamos dando para dentro e para fora do Brasil. Estamos fazendo o dever de casa. Ninguém vai investir em um país que não está dando certo. Se estou aqui é porque acredito nos senhores, e se estão aqui é porque acreditam no Brasil. Essa é a alternativa”, afirmou reforçando a importância e urgência da aprovação da reforma previdenciária, que ele tem a expectativa de que ocorra nas próximas semanas.
Em relação do ministro Paulo Guedes, o presidente, brincou dizendo “quem dera se cada um de nós pudesse ter um posto [Ipiranga] desse ao seu lado”, e destacou temas importantes sob sua responsabilidade e de interesse direto para a indústria, como a desburocratização e a diminuição dos impostos, reforçando que cabe a ele fazer acontecer: “Ele não é um superministro, mas um ministro que pode fazer”, disse. Ainda no aspecto da economia, anunciou a redução de 3% no preço da gasolina e garantiu a liberdade dos preços. “Nunca teve nem nunca terá qualquer interferência do Executivo na política de preços da Petrobras. Somos a favor do livre mercado”, enfatizou Bolsonaro.
Em relação à educação, o presidente afirmou que o Brasil vai encontrar o lugar que ele merece e destacou que no Campo de Marte, em São Paulo, será construído o maior colégio militar do Brasil. “Precisamos desses colégios para começar a mudar. Também precisamos investir em pesquisa, agregar valor a produtos”, citando também a importância do grafeno e do nióbio para o país. Além disse ele afirmou que “o melhor investimento que a indústria faz é investir na educação’.
Sobre a política exterior, alegou que é preciso ter “ações de vanguarda para o destino do nosso Brasil e precisamos evitar uma nova Venezuela aqui no Cone-Sul”, fazer o que puder ser feito e não ficar esperando. A política ambiental e os reflexos para o agronegócio, também foi tratado no encontro, com o presidente reforçando que o setor é, em grande parte, locomotiva da economia.
Pelo lado da indústria, o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, agradeceu o respeito que Jair Bolsonaro têm em relação às classes produtivas. “Estamos alinhados com a agenda do governo e do ministro Paulo Guedes e a reforma da Previdência”, pois é uma conta que não fecha, disse. Skaf lembrou que, se aprovada, criará expectativa positiva necessária à economia, irá zerar o déficit primário e promoverá reflexos no longo prazo. O objetivo é criar condições favoráveis para a retomada do crescimento e do consumo, de acordo com Skaf. “É correto priorizar a reforma da Previdência. Sua aprovação abrirá portas para o ajuste fiscal, o combate ao desperdício, a modernização do Estado, a desburocratização, e a reforma Tributária”, acrescentou o presidente da Fiesp/Ciesp.
O vice-presidente da Aciub fez um balanço do evento e reforçou o que lá foi destacado em relação à necessidade de apoiar as ações necessárias, que o governo está propondo para reorganizar as contas e a economia. “Não se trata de uma questão de alinhamento político, mas sim de alinhamento em prol do Brasil. Apoiamos as ações do Governo que impactam no cotidiano não apenas da classe produtiva, mas de toda sociedade. Sabemos que são necessárias estas medidas, como a Reforma da Previdência, para que o país volte a crescer, receba novos investimentos e assim invista mais em educação, saúde e segurança pública, por exemplo”, avaliou Sérgio Tannus.
Durante o encontro o presidente Jair Bolsonaro foi condecorado com a Ordem do Mérito Industrial São Paulo, destinada a personalidades e instituições nacionais e estrangeiras dignas do reconhecimento ou da admiração da indústria. Essa comenda no Grau Grã-Cruz, o mais alto, foi concedida a 53 autoridades, entre reis, príncipes, presidentes e primeiros-ministros.
Matéria com informações de Solange Sólon Borges e Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp